O Ômega-3 no tratamento da depressão

A depressão é considerada a doença do século, e existe uma tendência em buscarmos tratamentos complementares ao uso de antidepressivos, dentre eles podemos citar a suplementação de ômega-3.

 

Meditação, homeopatia, acupuntura, exercícios físicos e a suplementação já são consideradas ótimas ferramentas para auxiliar no tratamento de patologias como a depressão e ansiedade. Até porque, mais e mais pessoas estão buscando formas de tratar doenças evitando o excesso de fármacos.

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Embora os remédios da indústria sejam muitas vezes necessários, neste artigo eu gostaria de falar um pouco mais sobre como a suplementação pode ser um aliado poderoso no tratamento da depressão.

 

O ômega-3

O Omega-3 é assim denominado porque consiste em três ácidos graxos: o ácido eicosapentaenoico (EPA), o ácido docosahexaenóico (DHA) e o ácido alfa-linolénico (ALA).

 

Embora não sejam produzidos naturalmente no nosso corpo, são uma fonte de energia celular. É por isso que existe um movimento crescente no campo da medicina preventiva alertando para a necessidade de consumir alimentos ricos em ômega-3 e de suplementá-los quando necessário.

 

Os efeitos terapêuticos do ômega-3 associados à melhora da depressão envolvem mecanismos a nível celular. Podemos ver que, inicialmente, o DHA/EPA reduz a produção de citocinas inflamatórias que estão associadas à depressão. Depois, suprime a inflamação através do ácido araquidônico.

O ômega-3 no tratamento de depressão

O aumento dos casos de depressão pode ser associado às alterações nos nossos padrões alimentares. Dentre as alterações, posso citar o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e a diminuição de ácidos graxos de boa qualidade, como o Omega 3, na nossa alimentação.

 

Acabamos consumindo muito mais Ômega-6 (pró-inflamatório) que o Ômega-3 (anti-inflamatório). Nesse sentido, a proporção de consumo ideal seria 2:1 e as dietas ocidentais entregam uma proporção 20:1, ou seja, muito mais inflamação do que anti-inflamação. 

 

O tratamento através da suplementação é eficaz quando temos quantidades ideais de pelo menos 4 gramas de Omega 3 por dia, inicialmente. Tanto o EPA quanto o DHA são importantes.

 

O EPA age mais na membrana pré-sináptica neuronal, permitindo maior disponibilidade de serotonina na fenda sináptica e o DHA age mais na membrana pós-sináptica, permitindo maior sinalização da serotonina no seu receptor. Hoje em dia é insuficiente tratarmos a depressão e a ansiedade, bem como outros transtornos de humor, sem pensarmos na suplementação que apoia o funcionamento cerebral.

 

Transtornos de humor

Outro aspecto positivo na suplementação de ômega-3 está no combate aos transtornos de humor. Por exemplo, o seu uso já foi testado em casos de depressão pós parto e transtorno bipolar, mostrando bons resultados.

 

Além disso, existem estudos em andamento sobre a prevenção de depressão em idosos saudáveis através da suplementação de ômega-3 combinada com vitamina D. Isso porque, sabemos que a vitamina D em níveis otimizados irá facilitar a conversão de triptofano em hidroxitriptofano e na sequência em serotonina. Esse movimento acontece por meio da enzima triptofano hidroxilase. O seja, níveis baixos da vitamina D impactam em uma diminuição da serotonina endógena.

 

A suplementação pode ser um bom aliado da vida moderna, em um mundo onde a nossa comida está cada vez mais contaminada e menos rica em nutrientes. Mas ela não exclui a necessidade em buscarmos uma dieta balanceada e livre de alimentos industrializados.

 

Ainda, doenças consideradas modernas, como a depressão e ansiedade, encontram na homeopatia uma potencialização do seu tratamento. Se você quiser saber mais sobre como essa medicina milenar pode te ajudar, clique no link abaixo e conheça o meu livro “Homeopatia: uma canção alquímica”.

 

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