Medicina centrada na pessoa x medicina centrada em doença

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O indivíduo no centro das decisões. O termo pode soar clichê, mas quando se fala em atendimento à saúde, a medicina centrada na pessoa ainda é algo relativamente novo.

 

Até bem pouco tempo atrás, o paciente era um mero expectador dos seus cuidados com a saúde. Ele apenas ouvia o diagnóstico médico e pouco opinava sobre seus sintomas e doença, e a discussão sobre o melhor tratamento era algo praticamente impensável.

 

Felizmente, com uma medicina cada vez mais integrativa e holística, isso vem mudando. E hoje, podemos dizer que o paciente também vem cada vez mais ocupando espaço no seu próprio tratamento.

 

Sobre o tema, compartilho com vocês logo abaixo um artigo que preparei, no qual falo mais sobre a importância da medicina centrada na pessoa. Siga e leitura e tire suas dúvidas!

 

O atendimento à saúde

Os cuidados em saúde costumavam ser baseados em um modelo sistemático de atenção, e esse modelo era uma abordagem clínica unidirecional. 

 

Basicamente, médicos e demais profissionais de saúde trabalharam juntos para tratar doenças, condições e lesões com muito pouca participação dos pacientes ou de suas famílias.

 

Por volta da virada do século 21, uma grande mudança cultural começou a ocorrer. Gradualmente, os profissionais de saúde começaram a ouvir a voz dos pacientes e familiares. 

 

Aos poucos, as organizações de saúde perceberam que os pacientes e suas famílias eram os mais subutilizados de todos os recursos de saúde e tomaram medidas para remediar essa situação.

 

Afinal, apesar dos pacientes não terem formação em medicina, são especialistas em sua condição porque convivem com ela 24 horas por dia, sete dias por semana. 

 

Mas quando um profissional de saúde encontra um paciente pela primeira vez, ele vê apenas a ponta do iceberg. Os pacientes e suas famílias sabem o que está por baixo. Ou seja, sua experiência em primeira mão equivale a um diploma universitário nessa condição.

 

É por isso que cada vez mais a medicina centrada na pessoa se tornou tão importante. Afinal, cada pessoa é única e os sintomas, dores e sensações podem ser diferentes da sentida por outra pessoa.

 

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A medicina centrada na pessoa

O cuidado centrado na pessoa, também conhecido como medicina centrada no sujeito, é definido pela Organização Mundial da Saúde como “capacitar as pessoas a cuidar de sua própria saúde, em vez de serem destinatários passivos de serviços”. 

 

Mas essa estratégia de atendimento é baseada na crença de que as opiniões, contribuições e experiências do paciente podem ajudar a melhorar os resultados gerais de saúde. 

 

Uma das principais maneiras de envolver os pacientes em sua própria saúde é melhorar as interações entre pacientes e profissionais de saúde, fazendo com que o atendimento seja empático e compassivo, não apenas impessoal e tecnificado. 

 

Para conseguir isso, médicos, enfermeiros e outros funcionários devem ser treinados para ouvir, informar e consultar os pacientes em todo o momento do atendimento, bem como considerar preferências, necessidades e valores individuais ao tomar decisões clínicas.

 

Para isso, deve-se seguir 8 princípios-chave:

 

1. Respeito pelos valores

Conforme mencionado anteriormente, as preferências do paciente devem ser consideradas durante as decisões de saúde centradas na pessoa, pois isso promoverá uma relação de respeito e colaboração.

 

2. Coordenação e integração de cuidados

Melhor coordenação e integração dos serviços de atendimento clínico e de suporte podem ajudar a reduzir a incerteza e a vulnerabilidade do paciente.

 

3. Informação e educação

Para tomar melhores decisões sobre sua saúde, os pacientes precisam de informações sobre seu estado clínico, progresso e prognóstico. 

 

4. Conforto físico

O manejo da dor e a assistência às necessidades diárias são fundamentais para melhorar a experiência do paciente em hospitais e instalações de cuidados intensivos.

 

5. Apoio emocional e alívio do medo

Da mesma forma, os pacientes devem receber os recursos necessários para minimizar o estresse e o medo em relação ao seu estado físico, tratamento e prognóstico, bem como a preocupação causada pelos aspectos financeiros do cuidado.

 

6. Envolvimento da família e amigos

O apoio da família e dos amigos é um aspecto fundamental do cuidado centrado na pessoa, portanto, os profissionais devem levar em consideração as necessidades dos cuidadores, familiares e amigos. Isso pode significar fornecer acomodações e suporte para essas pessoas ou envolvê-las na tomada de decisões.

 

7. Continuidade e transição

Para minimizar a preocupação do paciente com os cuidados pós-alta, os profissionais de saúde devem educar os pacientes sobre medicamentos, limitações físicas, necessidades alimentares e assim por diante. Além disso, eles podem precisar coordenar o tratamento em andamento ou oferecer informações sobre acesso a apoio clínico, social, físico e financeiro.

 

8. Acesso aos cuidados

As entidades de saúde que visam fornecer cuidados centrados na pessoa devem fazer o possível para agilizar o agendamento de consultas, devem por exemplo, tornar as referências acessíveis e fornecer informações sobre opções de transporte.

 

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Busque a medicina centrada na pessoa

O principal objetivo de um modelo de medicina centrada na pessoa é melhorar os resultados individuais – quando os pacientes estão mais envolvidos em seus próprios cuidados, geralmente se recuperam mais rapidamente e ficam mais satisfeitos com os cuidados que recebem. 

 

Por exemplo, uma pesquisa no Journal of Family Practice descobriu que a prática centrada no paciente resultou em melhor recuperação do desconforto e preocupação, melhor saúde emocional no futuro e menos testes de diagnóstico e encaminhamentos. 

 

Quando os pacientes se sentem respeitados e experimentam compaixão e empatia por parte de seus médicos, é mais provável que retornem para exames, consultas e assim por diante. 

 

Portanto, busque esta nova forma de fazer medicina, na qual as pessoas são fundamentais para o sucesso do processo. Por fim, para mais dicas e muita informação sobre saúde e longevidade saudável, me siga também no Instagram, Facebook e Youtube!

 

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