A dor crônica é um tipo de situação clínica que observo cada vez mais em minha prática clínica. E um motivo para isso está diretamente associado a maior longevidade, ou seja, graças aos avanços da medicina e as descobertas sobre o poder que os hábitos de vida têm, as pessoas estão vivendo muito mais!
Porém, ao viver por mais tempo, nós ficamos muito mais expostos a doenças crônicas, tão comuns com o avanço da idade. E a maior parte dessas doenças vem acompanhada das dores crônicas.
Mas antes de falarmos mais sobre como conviver com a dor crônica, é importante definirmos o que ela representa.
O que é a dor crônica?
Basicamente existem dois tipos de dor: a dor aguda e a crônica.
A dor aguda é aquela proveniente de um trauma ou lesão, dessa forma ela é uma dor pontual que serve para o nosso corpo nos avisar sobre algum perigo ou risco ao qual estamos expostos. E ela é fundamental na nossa sobrevivência e no diagnóstico precoce de certas doenças.
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Mas o problema está quando esse sistema de defesa passa por uma cronificação. Isso significa que o mecanismo responsável por enviar os sinais de dor ao cérebro está em um modo automático. Eles seguem enviando sinais mesmo quando a pessoa não está exposta ao estímulo causador da dor.
A dor tem 4 elementos básicos dentro da neurofisiologia: transdução (captação dos estímulos), transmissão, modulação e percepção.
Mas um aspecto muito importante quando falamos sobre a dor crônica é o fator cognitivo/afetivo, relacionado ao componente da percepção
Como viver com dor crônica?
Eu costumo dizer que 80% da dor está relacionada aos fatores subjetivos. Por exemplo, é muito comum eu receber em meu consultório mulheres que sofrem com fibromialgia e depressão. Muito disso se dá ao fato de ambas serem condições de cunho inflamatório e uma influencia a outra, justamente por toda essa questão do fator subjetivo que a dor produz.
E uma prática que tem grande poder na melhora do convívio com a dor crônica é a prática de mindfulness.
O estado de cultivo da atenção plena estimula o córtex e melhora questões como relativização de fenômenos, contemplação e da simples existência – independente da dor.
Essa prática tem uma forte influência na modulação dos aspectos subjetivos da dor, ajudando você a viver com mais qualidade e mudar sua percepção das coisas.
Inclusive, se você convive com a dor crônica e busca formas de amenizar o quadro e voltar a aproveitar a sua vida, convido você a conhecer o programa Mente em Equilíbrio – Vida plena
Nele eu proponho uma comunidade online para ajudar você a encontrar paz interior que merece e aliviar questões como depressão, ansiedade e outras questões que acompanham tais doenças.