As constelações familiares são uma abordagem terapêutica que tem como objetivo ajudar as pessoas a lidarem com problemas pessoais e familiares, identificando e resolvendo questões que causam sofrimento. Essa abordagem, fortemente inspirada da postura fenomenológica, foi desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger na década de 1970.
Ela tem como fundamentos centrais as leis gerais de relacionamentos, as chamadas Ordens do Amor, descobertas por Bert a partir do empirismo e do que ele observava nos atendimentos e grupos de constelação. Essas ordens operam e influenciam a forma de nos relacionarmos independente de concordarmos ou não com elas. Em geral, o fato de as ordens não serem reconhecidas e respeitadas estaria na origem de uma variedade enorme de problemas relacionais, doenças e conflitos.
Conheça as bases das constelações familiares
As constelações familiares se baseiam nas 3 Ordens do Amor: o pertencimento, a hierarquia e o equilíbrio entre dar e receber. Todas essas ordens foram descobertas por Bert Hellinger a partir das “colocações familiares”. Dessa forma, ele percebeu como membros da família se sentiam diante de certas posições e como se relacionavam espontaneamente com os outros representantes dentro das constelações.
A primeira ordem do amor
Esta ordem pressupõe que as famílias são sistemas dinâmicos, com cada membro afetando e sendo afetado pelos outros membros. Além disso, as constelações também consideram que as famílias são influenciadas pelas gerações anteriores e pelas circunstâncias históricas e culturais em que estão inseridas.
Ainda, por exemplo, qualquer membro que foi excluído do sistema familiar, seja porque cometeu um crime, porque foi alcoolista, um aborto, qualquer pessoa que a família se recuse a reconhecer como parte da família, atua inconscientemente a partir das gerações seguintes.
Isso acontece pois a consciência do clã ou daquele grupo sempre atuará no sentido da inclusão. E quando esse pertencimento fica ameaçado, ou não é aceito pelos membros da família, uma identificação é gerada por algum descendente. Logo, ele comporta-se e assumindo posturas desse antepassado, ficando emaranhado por esse amor cego que une todos da família.
A segunda ordem do amor
A segunda ordem do amor mostra que o amor pode fluir entre os membros da família quando estão em suas posições corretas, assumindo apenas o que lhe cabem e respeitam as hierarquias da precedência. Nesse caso, quem veio antes deve ser reconhecido nessa posição. Aqui, quando um filho se arroga e procura salvar seu pai ou mãe, ou se acha superior a eles, há uma quebra dessa ordem. Isso terá um consequência inevitável para o filho, gerando profundas dificuldades na vida, doenças e crises.
Muitos problemas familiares têm origem em lealdades inconscientes que os membros têm em relação aos antepassados, mesmo que eles não os conheçam. Essas lealdades invisíveis podem impedir que os membros da família sejam felizes e realizados em suas vidas. Esse é o conceito dos emaranhamentos transgeracionais. Eles atravessam gerações, e atuam nos descendentes mesmo que esses sequer tenham conhecidos os antepassados. Há o que Hellinger cham a de “conciência coletiva ou de clã” atuando sobre todos da família.
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A terceira ordem do amor
Por fim, há a terceira ordem do amor, o equilíbrio entre dar e receber. Esta ordem pressupõe que as pessoas que doam demais assumem posturas arrogantes. Ou seja, a pessoa que recebe demais acaba por não valorizar e se sente pesada com tudo o que recebe, querendo se livrar desse desequilíbrio. Por isso, para relações terem sucesso, há a necessidade do intercâmbio entre dar e receber. Porém, no caso de pais e filhos, os pais sempre dão e os filhos sempre recebem. E não há como os filhos saldarem o que receberam, pois a vida é algo que não pode ser pago.
Como são as sessões de constelações familiares?
Durante as sessões de constelações familiar, escolhemos pessoas do grupo presente para representar membros da sua família ou de sua história de vida. Então, posicionamos essas pessoas no espaço, deixando que sigam seus movimentos de maneira espontânea, sem intenção. A partir daí, o campo revela padrões essenciais, muitas vezes ocultos pela consciência comum. E isso traz os emaranhamentos à tona, levando à possibilidade de movimentos que possam trazer resolução ou abrir novas possibilidades na vida da pessoa e da família.
Indico as constelações familiares para pessoas que desejam resolver problemas familiares ou pessoais. Por exemplo: dificuldades nos relacionamentos, conflitos, traumas ou questões psicossomáticas. Essa abordagem terapêutica pode ajudar a identificar padrões que impedem o crescimento pessoal e a alcançar uma compreensão mais profunda de si mesmo e dos relacionamentos.
Além disso, a constelação familiar pode ser especialmente útil para pessoas que tiveram experiências difíceis na infância ou que foram adotadas. Uma vez que essas situações podem gerar questões complexas de identidade e pertencimento.
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